segunda-feira, 15 de novembro de 2010

LEITURA E CIDADANIA I



                                                                     Galeno Amorim
 O primeiro contato com o mundo mágico da literatura deve começar em casa, nos primeiros anos de vida. Ouvir o pai, a mãe ou qualquer outro adulto da casa ler um livro de histórias infantis ou contar um  fato pode ser o primeiro e importante passo na formação de um bom leitor. Mais tarde, na escola, esse universo terá que continuar a ser ampliado e enriquecido. Assim, será a vez do professor pegar esse pequeno leitor em construção e conduzi-lo, segurando firme suas mãos, pelos caminhos e descaminhos encantados dos livros de literatura. Em cada etapa, há que se ter zelo com aquilo que será apresentado. Se num primeiro momento, ele precisa ser cuidadosamente conduzido pelas mãos, mais tarde será seduzido e levado às suas próprias descobertas. É bem verdade que, ainda assim, as políticas públicas, os meios de comunicação e as organizações da sociedade que se preocupam com o tema terão muito o que fazer, buscando aproximar autores, obras e leitores, além de trabalhar para que os livros e a literatura estejam no lugar que lhes são devidos no imaginário coletivo.
 A literatura é o que conduz o sujeito leitor para muito além da mera informação ou mesmo do conhecimento. É ela que nos leva a ter contato e a vivenciar as mais diferentes e inesperadas situações pelas quais passa o ser humano. E é assim, com a experiência do outro e fazendo as conexões com a nossa própria, que desenvolvemos nossa capacidade de pensar, articular idéias, planejar nossos próprios vôos e agir. Por isso, a literatura tem uma capacidade extraordinária de emancipar o indivíduo e dar a ele a autonomia necessária para viver a sua vida.

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