terça-feira, 9 de novembro de 2010

ASPECTOS COGNITIVOS E AFETIVOS DA LEITURA


O sujeito é  um ser intelectual e afetivo, que pensa e sente simultaneamente, e reconhece a afetividade como parte integrante do processo de construção do conhecimento, implica outro olhar sobre a prática pedagógica, não restringindo o processo ensino-aprendizagem apenas à dimensão cognitiva.
As práticas estruturantes no processo de aprendizagem leitora e os respectivos benefícios na conduta emocional e cognitiva da criança, tem  interferência direta no processo de aquisição de competências leitoras.
O fortalecimento dos laços de afeto com os pais e o aumento no grau de interação resultam do ambiente emocional e afetivo em que as atividades acontecem. Uma maior receptividade à aprendizagem formal foi observada em crianças que, desde cedo, entram em contato com os livros. A leitura de histórias constitui momentos privilegiados de interação entre adulto e criança, o que fomenta o surgimento de comportamentos de leitura.
A partilha de livros promove comportamentos emergentes de leitura na criança, que se tornam visíveis quando o pré-leitor demonstra entusiasmo e interesse face ao livro. Contar histórias às crianças é a melhor forma de as ajudar a tornarem-se letradas, porque assim entram em contato, ainda sem o peso da educação formal, com as principais características da língua escrita, aumentando o vocabulário, a atenção a concentração, além de construir as suas primeiras representações sobre a estrutura de uma narrativa.
O contato precoce das crianças com os livros e com a leitura deve ser uma preocupação constante das bibliotecas públicas, da escola e das famílias, pois mais importante do que aprender a ler é a necessidade de promover situações de interação em torno do material impresso, proporcionada pelos adultos, no dia a dia da criança.

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