domingo, 23 de janeiro de 2011

Fotos encontro presencial !!!

Lindas e poderosas!
Professoras, tutoras, alunas, colaboradoras participantes do encontro presencial no dia 18/01/2011 no pólo de Agudo-RS.

 

sábado, 15 de janeiro de 2011

SUGESTÃO DE PROJETO DE LEITURA COM O LIVRO "FALANDO PELOS COTOVELOS"



RESENHA DO LIVRO FALANDO PELOS COTOVELOS DE  LÚCIA PIMENTEL GÓES

Rui fica muito encafifado quando a avó lhe diz “não vá esfolar o pé da mesa!”, e logo depois avisa que “vem vindo um pé-devento”. A mãe, para complicar, ainda acrescenta: “Vá num pé e volte noutro!”. É muito pé para a cabecinha de Rui. Assim não dá pé! Onde estará a cabeça do alho que a mãe mandou buscar? E a
coitada da irmã, que tem que fazer boca de siri? Isso sem falar na cabeça dele que, alguém falou, está nas nuvens. Ai, meu Deus, será que ninguém fala coisa com coisa? E, de confuso, o pequeno passa a assustado, achando que a avó vai espetá-lo e assá-lo na brasa só porque tirou notas baixas. Rui chora, a mãe põe a culpa nos filmes de horror da televisão e explica que ele não pode levar tudo ao pé da letra. Mas a avó se zanga com ele. “Não tem jeito”, se conforma o menino. “Eles têm que falar comigo como se eu fosse do tempo da onça!”



Durante a leitura:
1. Antecipar aos alunos que o texto trará muitas outras expressões como as do título. Orientá-los para que tentem identificálas e que anotem as que não entenderam.

2. Peça para observarem como as ilustrações produzidas  no livro e que traduzem o sentido literal das expressões e provérbios, mostrando as confusas interpretações que Rui produz a respeito do que a avó e a mãe falam.

Depois da leitura:

1. Faça, junto com os alunos, um levantamento de todas as ocorrências de expressões populares e provérbios que aparecem no texto, e aproveitem para observar quais foram ilustrados. Solicite que expliquem oralmente o que querem dizer. Assim, você terá oportunidade de esclarecer dúvidas.

2. Proponha que, durante a semana, recolham expressões desse tipo, prestando atenção ao que ouvirem na rua, em casa, nos comerciais de tevê etc.

3. Peça que cada aluno escolha uma das expressões pesquisadas e a ilustre como fez Negreiros para as do livro. Promova depois uma exposição dos trabalhos chamada “Ao pé da letra”.

4. Pé de mesa, céu da boca são catacreses, expressões metafóricas que já caíram em domínio público, isto é, já se transformaram em nome popular para o que designam. Fazer com a classe um levantamento de outras (sugestões: asa da xícara, pé da montanha, boca da noite etc.).

5. Desenvolva com a classe o trabalho com os provérbios, pedindo que procurem outros junto aos familiares ou mesmo em livros que os relacionem, como O livro dos provérbios, ditados populares  de Ciça Alves Pinto, da Editora SENAC, São Paulo. Esclareça o seu significado, pois nem todos são fáceis de entender.

6. Brincando de encontrar o par
Aproveitando a estrutura binária dos provérbios, escreva-os em tiras de cartolina e recorte-os separando suas duas partes. Depois, embaralhe as tiras e peça que os alunos encontrem o par.

Exemplos:

Em boca fechada           nada tem.
Quem tem pressa           espeto de pau.
Quem tudo quer             não entra mosca.
Em casa de ferreiro        come cru.

Uma outra proposta seria a de simplesmente completar os provérbios que eles já trabalharam. Sugestão:

Quem não tem cão ............................
Filho de peixe ....................................
De grão em grão, ...............................

7. Verificar se eles prestaram atenção que um dos provérbios que aparecem no texto (“Macaco velho não bota a mão em cumbuca”) foi modificado pela avó: “Sou macaca velha e ainda boto a mão em cumbuca!” A mudança provoca, evidentemente, uma alteração de sentido. O que a avó quis dizer com aquilo?

8. Jogos de mímica
Organize a classe em grupos. Sorteie um provérbio para cada um. O grupo deverá apresentá-lo sem usar palavras, apenas recursos teatrais, como mímica ou ruídos. A classe deve adivinhar de que provérbio se trata.

LINGUAGEM CONOTATIVA


Na linguagem conotativa, o sentido comum de uma palavra é alterado: dá-se à palavras um outro sentido que não é o literal, os textos  são de caráter subjetivo e  também é comum a presença de figuras de linguagem.