domingo, 28 de novembro de 2010

Poesias, pequenos textos, adivinhações, parlendas...

Poesia Leilão de Jardim de Cecília Meireles montada coletivamente e ilustrada pelas crianças.













 UNS AMORES!!! TRABALHO FANTÁSTICO E MOTIVADOR!


     OLHA NOSSOS TEXTOS AQUI!!!!!!!!!!!

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DAS PALAVRAS

Chega a ser divertido quando alguém de uma região do Brasil se depara com costumes diferentes de falar de uma outra região. Mas é divertido também descobrir que palavras de uso corriqueiro são na verdade regionais e não serão entendidas fora do Rio Grande do Sul. O jeito gaúcho de falar aparece de várias formas, e para quem não conhece sugere outras interpretações:
·         Capaz: Tu já deve ter ouvido um gaúcho falando “capaz!”. Capaz que não, né?! Naturalmente todo mundo usa a palavra do jeito normal (dizer que alguém é capaz de algo), mas é bem coisa de gaúcho usá-la como exclamação (sozinha na frase), no início da frase “Capaz que…”, na negativa “Capaz que não!” ou no enfático “Beeeem capaz!”. Como o “capaz” se trata de uma ironia, quando dizemos “capaz”, queremos dizer “claro que não, ora se tu vai ser capaz de fazer uma bobagem dessas”, e quando sai um “capaz que não”, queremos dizer “claro que sim, seria um absurdo se não…”
     Certa vez foi  complicado explicar para um amigo o  que essa expressão queria dizer…

·         Bah: Não sei como alguém consegue se comunicar por mais de 10 minutos sem soltar um “bah”. Falta emoção, sabe? Se eu não tenho nada pra responder (o que acontece toda hora) as respostas normalmente são “bah” ou “pois é”.
·         Tchê: Outro clássico. Este é multi-uso. Serve pra exclamar, pra chamar alguém ou pra qualquer coisa mesmo.

·         Tri: Outra clássica expressão gaúcha que não podia deixar de ser mencionada. O tri serve pra enfatizar tudo. O mais conhecido é o “tri legal”, mas ultimamente o tri é usado pra tudo (tri bom, tri massa, tri avacalhado, etc.)... Ah, existe também a expressão “muito tri”…

 Numa ocasião, fui comprar pão na padaria com uma amiga de outra região.
Pedi ao balconista:
- Cinco cacetinhos por favor!
- A amiga se espantou:
- O que você pediu? Cacetinhos? (risos...)
- Respondi:
-Sim, cacetinhos!!! Quer dizer pão francês.
Para o espanto dela, aqui em nossa região chamamos o tradicional pãozinho francês de cacetinho.
- Ela rindo, respondeu:
- Ah.. entendi... mas na minha região isso quer dizer outra coisa!!!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O HÁBITO DE LER COMO MOTIVADOR DA LEITURA

                                  Emilio Davi Sampaio/Iris Genaro Borges

Cabe ao educador desenvolver nos alunos o interesse e o hábito pela leitura, adotando obras de ficção e não ficção no decorrer do ano letivo, de uma forma que eles possam ver a ligação de um assunto com outro, mostrando algo do interesse comum deles, pois o maior contato com os livros vem da escola. Para manter aceso o hábito da leitura, segundo Bamberger (2002, p.20):

[...] precisamos ir além das necessidades e interesses das várias fases de desenvolvimento e motivar a criança a ir ajustando o conteúdo de suas leituras à medida que suas necessidades intelectuais e condições ambientais forem mudando. É preciso fazer da leitura um hábito determinado por motivos permanentes, e não por inclinações mutáveis.

Para que haja entusiasmo por parte dos alunos, o professor também precisa ser um leitor entusiasta, possuir conhecimento de várias opções de leitura e ter um bom relacionamento com os alunos, de forma que possa orientá-los pelo mágico caminho da leitura.
Estudos realizados com jovens leitores vêm mostrando que muitas crianças não leem por terem dificuldade de saber ler, de compreender e de analisar textos. Já os alunos que gostam dessa atividade têm maior concentração e assimilam com maior rapidez o conteúdo. O fato de ler mal leva o aluno a buscar outro passatempo, perdendo o interesse pela educação. E cabe ao professor motivar esse aluno a ler. Bamberger (2002, p.31), sobre isso aponta o seguinte: “[...] o que leva o jovem leitor a ler não é o reconhecimento da importância da leitura, e sim várias motivações e interesses que correspondem à sua personalidade e ao seu desenvolvimento intelectual”.
Pesquisas vêm concluindo que são as motivações que levam as crianças a praticarem o hábito de leitura. O ato de ler, por sua vez, impulsiona as aptidões intelectuais, como o pensamento e a fantasia, a expansão do “eu”, o prazer de encontrar um mundo de fantasias e descobrir coisas novas e praticar uma habilidade recém adquirida.
Os pais também devem incentivar nas crianças o hábito de ler. Como? Lendo em voz alta, contando histórias e mostrando figuras a elas, criando, dessa maneira, um ambiente que as conduzem ao interesse pela leitura. É preciso incentivar e acompanhar suas leituras, evitando a leitura mecânica, muito comum nas escolas, onde os professores fazem da leitura um exercício, uma atividade, obrigando seus alunos a ler. Muitos professores mandam cada criança ler um parágrafo e corrigem cada letra pronunciada errada. Essa atitude não melhora em nada o processo de aquisição do hábito de ler.
Outro fator que leva alunos à desistência da leitura é, segundo Silva (1995, p.105), “[...] o vendaval de apostilas, que geralmente retalha a totalidade de uma ou mais obras e afasta os alunos das bibliotecas”, pois a leitura do aluno estará monitorada e sua importância será apenas o número de livros lidos, desviando sua atenção do objetivo mais importante no ensino da leitura: a compreensão crítica.
Porém, para alcançar esse objetivo os pais e professores devem dar exemplos às crianças. No início da alfabetização devem incentivar as crianças a ler pequenos livros com vários desenhos e grandes letras, pois, segundo Bamberger (2002, p.50): “A criança entra em contato com a linguagem das gravuras antes da linguagem das letras. Uma vez que ela já aprendeu a entender o significado das figuras, é necessário que o material de leitura inicial as contenha em grande número.” Se a narrativa contém várias figuras e pequenas frases as crianças compreenderão o texto com maior facilidade.
Conforme o desenvolvimento das crianças, a configuração do livro muda seus espaçamentos, gravuras e as letras diminuem. É importante que um adulto esteja acompanhando a leitura das crianças, fazendo-os debater suas opiniões e idéias sobre o assunto lido.
Com o amadurecimento do leitor seu gosto pela leitura transforma-se. Bamberger (2002, p.35), diz que “As motivações para a leitura e os interesses por ela diferem não só para os vários grupos de idade, mas também para cada tipo particular de leitor.”. O autor afirma que o gosto pela leitura e seu gênero é influenciado pela idade, meio social e interesse pessoal. O interesse pessoal pode variar entre quatro tipos de leitura: informativa, escapista, literária e cognitiva. Também aumenta a exigência pela leitura independente, proporcionando melhora na habilidade de leitura, de forma que, progressivamente, os alunos se familiarizem com a literatura e venham a adquirir o hábito de ler e também possam utilizar essa habilidade para conseguir acesso a novos conteúdos.
Nesse sentido, cabe aos professores introduzirem a leitura aos alunos para que estes venham a praticar o ato de ler com prazer. Os educadores devem dar a eles chance de entrar em contato com uma diversidade de textos e deixá-los captar as primeiras emoções e ideias do texto. Para esse tipo de exercício as bibliotecas escolares e públicas se tornam importantes, pois elas possuem variados gêneros literários que os alunos precisam para satisfazerem seus interesses pessoais.
É importante que os alunos se sintam à vontade entre os livros e após a leitura cabe aos educadores estimulá-los a compartilhar as emoções e ideias que a leitura lhes despertou. Se a leitura envolve compreensão, o leitor se aproxima do mundo significativo do autor, que lhe oferece novas perspectivas e opiniões. A leitura contribui para a cultura do indivíduo, seja a leitura realizada por obrigação ou por interesse pessoal.
Na leitura feita com o intuito de buscar conhecimento o importante é a experiência emocional e os critérios elaborados com o objetivo de analisar e criticar a obra lida, não importando se o leitor esteja ou não lendo por obrigação ou prazer. Quando se lê para aprender o aluno passa a se interrogar sobre o assunto em questão, estabelecendo relações com o que sabia e as informações recém adquiridas, faz anotações e procura tirar dúvidas, levando-o, assim, a outros significados não presentes no texto.
Outro beneficio que a leitura traz é referente a escrita, quanto mais se lê, melhor se escreve, pois o aluno adquire base para apoiar suas idéias e desenvolvê-las, também a leitura dos próprios escritos faz com que os alunos se tornem críticos. O erro na redação leva-os a escreverem com maior perfeição, juntando o conhecimento antigo e o adquirido com a nova leitura.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

LEITURA E CIDADANIA II

O próprio PCN coloca: “As pessoas aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma, a qualidade de suas vidas melhora com a leitura”. Desse modo, oferecer textos a criança, textos de qualidade tanto estética quanto em nível de conteúdo é um dos pontos mais relevantes para a formação de um leitor.

É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática. (Paulo Freire)

LEITURA E CIDADANIA I



                                                                     Galeno Amorim
 O primeiro contato com o mundo mágico da literatura deve começar em casa, nos primeiros anos de vida. Ouvir o pai, a mãe ou qualquer outro adulto da casa ler um livro de histórias infantis ou contar um  fato pode ser o primeiro e importante passo na formação de um bom leitor. Mais tarde, na escola, esse universo terá que continuar a ser ampliado e enriquecido. Assim, será a vez do professor pegar esse pequeno leitor em construção e conduzi-lo, segurando firme suas mãos, pelos caminhos e descaminhos encantados dos livros de literatura. Em cada etapa, há que se ter zelo com aquilo que será apresentado. Se num primeiro momento, ele precisa ser cuidadosamente conduzido pelas mãos, mais tarde será seduzido e levado às suas próprias descobertas. É bem verdade que, ainda assim, as políticas públicas, os meios de comunicação e as organizações da sociedade que se preocupam com o tema terão muito o que fazer, buscando aproximar autores, obras e leitores, além de trabalhar para que os livros e a literatura estejam no lugar que lhes são devidos no imaginário coletivo.
 A literatura é o que conduz o sujeito leitor para muito além da mera informação ou mesmo do conhecimento. É ela que nos leva a ter contato e a vivenciar as mais diferentes e inesperadas situações pelas quais passa o ser humano. E é assim, com a experiência do outro e fazendo as conexões com a nossa própria, que desenvolvemos nossa capacidade de pensar, articular idéias, planejar nossos próprios vôos e agir. Por isso, a literatura tem uma capacidade extraordinária de emancipar o indivíduo e dar a ele a autonomia necessária para viver a sua vida.

domingo, 14 de novembro de 2010

SONETO AO IPÊ AMARELO


O céu reverencia ao teu olor inebriante!
Ó solitária fonte de alquimia!
charme especial, ao deleite do caminhante.
Ipê amarelo impõe ao meu canto - poesia!

Nas manhãs ensolaradas sou pontual andante...
atrevo-me aos teus pés por empatia,
recriar no verso a mais nova fantasia,
que em minh'alma irradia abundante!

Assisto teu florescer, aos meu olhos, fascinante!
Vejo o vento colher teu florir arrevelia...
teu cheiro enigmático só contagia...

E... a brisa noturna a te deixar com tanta vida,
a tua parte mais cândida, dividida!
florescer, então, aqui, ali, acolá, noutro lugar!


: http://www.luso-poemas.net/
 
 
BOM DOMINGO Á TODOS!!!!!
 
 

sábado, 13 de novembro de 2010

"É na escola que identificamos e formamos leitores..." Bamberger (1988).




O jovem e a criança precisam ser seduzidos para a leitura, desconsiderando neste processo qualquer artifício que possa tornar a leitura uma obrigação.
Na criança esta leitura através dos sentidos revela um prazer singular; esses primeiros contatos propiciam à criança a descoberta do trabalho, motivam-na para a concretização do ato de ler o texto escrito. A escola torna-se fator fundamental na aquisição do hábito da leitura e formação do leitor, pois mesmo com suas limitações, ela é o espaço destinado ao aprendizado da leitura.
Quando se fala em criança, pode-se perceber que a literatura é indispensável na escola como meio necessário para que a mesma compreenda o que acontece ao seu redor e para que seja capaz de interpretar diversas situações e escolher os caminhos com os quais se identifica.

MÚSICA PARA OS OLHOS, OUVIDOS, CORAÇÃO E IMAGINAÇÃO

MÚSICA: AQUARELA – TOQUINHO

O ato de ler promove a integração dos conhecimentos e vivências prévias do indivíduo com as novas informações, gerando um novo conhecimento e tornando esta leitura significativa. Neste processo de compreensão da leitura os aspectos afetivos estão diretamente ligados. O leitor assimila e ressignifica este processo através das suas experiências e da relação de afetividade que estipula.

A música não deixa de ser uma leitura. Ela é, na maioria das vezes, constituída por um poema musicado. Desta forma, além da música estimular nossas emoções, ela ativa nossos processos cognitivos e nos faz compreender a mensagem que está subentendida em sua letra.
O grupo escolheu a música "Aquarela" de Toquinho porque nos traz à tona lembranças e está envolta de significados afetivos para nós.
Fala de um mundo que é possível através da imaginação e a partir  de desenhos posso ir além de tudo e de todos.
Esta letra se refere também, a fases da vida que iniciam e terminam  bem como nossa forma de conduzi-la, e que ao final virá o fim.

 Enfim, na opinião do grupo, é uma letra mágica: desperta a criança que carregamos dentro de nós, reforça o romantismo da amizade, aviva as delícias de se ganhar o mundo com a rapidez moderna, e, por fim, nos alerta para o enigma do futuro que guarda em seu interior a implacável ação do tempo, fazendo tudo perder a cor, perder o viço, perder a força.

Aquarela
Toquinho
Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes / G.Morra / M.Fabrizio
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)

AQUARELA - TOQUINHO

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pensamentoo do Dia

A literatura, para grandes e pequenos, ensina-nos que uma vida simples e boa é sempre um caminho de aprendizado e não uma pista para se baterem recordes.
(Dilan Camargo)

ASPECTOS COGNITIVOS E AFETIVOS DA LEITURA


O sujeito é  um ser intelectual e afetivo, que pensa e sente simultaneamente, e reconhece a afetividade como parte integrante do processo de construção do conhecimento, implica outro olhar sobre a prática pedagógica, não restringindo o processo ensino-aprendizagem apenas à dimensão cognitiva.
As práticas estruturantes no processo de aprendizagem leitora e os respectivos benefícios na conduta emocional e cognitiva da criança, tem  interferência direta no processo de aquisição de competências leitoras.
O fortalecimento dos laços de afeto com os pais e o aumento no grau de interação resultam do ambiente emocional e afetivo em que as atividades acontecem. Uma maior receptividade à aprendizagem formal foi observada em crianças que, desde cedo, entram em contato com os livros. A leitura de histórias constitui momentos privilegiados de interação entre adulto e criança, o que fomenta o surgimento de comportamentos de leitura.
A partilha de livros promove comportamentos emergentes de leitura na criança, que se tornam visíveis quando o pré-leitor demonstra entusiasmo e interesse face ao livro. Contar histórias às crianças é a melhor forma de as ajudar a tornarem-se letradas, porque assim entram em contato, ainda sem o peso da educação formal, com as principais características da língua escrita, aumentando o vocabulário, a atenção a concentração, além de construir as suas primeiras representações sobre a estrutura de uma narrativa.
O contato precoce das crianças com os livros e com a leitura deve ser uma preocupação constante das bibliotecas públicas, da escola e das famílias, pois mais importante do que aprender a ler é a necessidade de promover situações de interação em torno do material impresso, proporcionada pelos adultos, no dia a dia da criança.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O PROCESSO DE LEITURA NA FAMÍLIA, NA ESCOLA E NA BIBLIOTECA



A família é o primeiro espaço onde a criança entrará em contato com a leitura, ou pelo menos deveria ser. A criança que entra em contato com a leitura desde cedo desenvolve seu pensamento muito mais rápido além de criar um vínculo com a leitura. Seja através do manuseio de materiais, seja através da audição de histórias.

O uso da biblioteca nas escolas é essencial para o desenvolvimento da leitura dos alunos, dos professores e de outros que dela fazem uso. Ela exerce a função social à medida que transfere sua riqueza de conhecimentos, que fornece livros e leituras com diferentes objetivos, onde o leitor pode ler para se divertir, ler para escrever, para estudar, para ampliar os conhecimentos, obter informações e comportar com sujeito crítico. Portanto, a leitura na nossa sociedade, é uma condição para dar voz ao cidadão e, isso acontece quando ele tem acesso aos livros, os quais podem levá-lo a ter uma leitura/interpretação da vida a fim de ajudá-lo na transformação de si mesmo e do mundo.
A biblioteca é um ambiente propício para a leitura, condição indispensável ao desenvolvimento social e a realização individual do homem. Através dela, pode ser experimentar a complexidade, a multiplicidade da escrita. E sabe-se que a escola representa a única oportunidade de ler que muitos alunos têm. É necessário, portanto, propiciar na biblioteca a dinamização da cultura da leitura viva, diversificada e criativa, que representa o conjunto de formas de pensar, agir e sentir de cada aluno frente a suas expectativas de mundo e de formação cidadã.

A escola tem papel fundamental nesse contexto. É ela, o primeiro espaço legitimado de produção da leitura e da escrita de forma consciente. E é dela, a responsabilidade de promover estratégias e condições para que ocorra o crescimento individual do leitor despertando-lhe interesse, aptidão e competência.
Nesse sentido, a escola deverá contar com uma forte aliada: a biblioteca. Uma biblioteca escolar bem estruturada e um profissional bibliotecário capacitado a direcionar o trabalho de disseminação da informação, de forma dinâmica e criativa, certamente favorecerão a obtenção de resultados satisfatórios quanto aos objetivos almejados para o desenvolvimento das práticas leitoras.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA

    Construir um leitor competente supoe construir alguem que compreenda o que lê, que possa aprender a ler tambem o que não esta escrito, identificando elementos implicitos, que estabeleça relações entre o texto que lê e outros ja lidos, que saiba que varios sentidos são atribuídos a um texto, que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pensamento do Dia

"O importante é motivar a criança para leitura, para a aventura de ler." (Ziraldo)


"A leitura engrandece a alma." (Voltaire)


"A leitura nutre a inteligência." (Sêneca)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Mediador de Leitura

Sueli Bortolin
O mediador de leitura é aquele indivíduo que aproxima o leitor do texto. Em outras palavras, o mediador é o facilitador desta relação. E como intermediário de leitura, o mediador encontra-se em uma situação privilegiada, pois tem nas mãos a possibilidade de levar o leitor a infinitas descobertas.

Mas, quem pode mediar leitura? Os familiares, os professores, os bibliotecários, os escritores, os editores, os críticos literários, os jornalistas, os livreiros, os tradutores, os webdesigners, e até os amigos que nos emprestam um livro ou indicam um CD-ROM e uma página literária na Internet. Porém, os mediadores que mais se destacam são os familiares, os professores e os bibliotecários; e estes precisam estar conscientes da responsabilidade que tem.

Os familiares deveriam ser os primeiros mediadores de leitura, pois são os primeiros elos da criança com o mundo; entretanto os pais e demais membros da família, em geral, não têm a dimensão da influência que podem exercer sobre as crianças, no sentido de motivá-las à leitura. Assim, aos pais, em especial, cabe a tarefa de aproximar a criança do texto, pois o gosto pela leitura “[...] deve ser adquirido no período em que se está ainda no processo de aquisição da linguagem oral [...]”(POSTMAN, 1999, p.90). Ou seja, no período em que as crianças estão mais flexíveis, inquietas, curiosas e desejosas de aprender o novo; portanto, desprendidas de conceitos e preconceitos, interessando-se em explorar tudo que está ao seu redor. Este é um período em que se deve aproveitar para estreitar a convivência com o texto literário; porém, infelizmente, nem sempre as condições econômicas do brasileiro permitem a ele a inclusão do livro, de um CD-ROM ou da Internet no orçamento familiar, resultando que a maioria passa toda uma vida, sem nunca ter comprado sequer um jornal.

Desta forma, se a família não tem condições (econômicas e culturais) de cumprir a tarefa de mediadora da leitura, as escolas, de maneira precária ou de forma enriquecida, tentam fazer esta mediação.

Assim, o professor é encarregado compulsoriamente de aproximar o educando da leitura; porém, é fundamental que ele faça esta mediação, mostrando o texto como algo prazeroso e não como instrumento de avaliação e tarefa. Além disto, se o professor não for [...] “crítico, sensível, consciente e um bom leitor, jamais poderá passar o prazer do texto, literário ou não literário” (JOSÉ, 1992, p.203). É preciso ler com gosto, porém, o que acontece cotidianamente é que, muitas vezes, o professor não tem tempo para refletir que o seu papel “[...] na intermediação do objeto lido com o leitor é cada vez mais repensado: se, da postura professoral lendo ‘para’ e/ou ‘pelo’ educando, ele passar a ler ‘com’, certamente ocorrerá o intercâmbio das leituras, favorecendo a ambos, trazendo novos elementos para um e outro” (MARTINS, 1983, p.33).

E assim o leitor, além de se cumpliciar com o autor e os personagens, tem no professor também um cúmplice; isto é, se o professor estiver disposto a compartilhar com ele a leitura/as leituras.

Da mesma forma, esperamos que isto também ocorra com o bibliotecário mediar leitura, na biblioteca, significa fazer fluir material de leitura até o leitor, eficiente e eficazmente, formando e preservando leitores. Significa uma postura ativa, de acordo com uma biblioteca moderna e aberta.

Tamanha responsabilidade deve ser interpretada pelos mediadores como um desafio constante, pois o papel que eles desempenham na motivação de leitura pode interferir com maior ou menor profundidade na formação dos leitores de uma coletividade. Portanto, os mediadores interessados em uma mediação eficiente, devem ser empáticos; para que posicionados no lugar do outro (leitor), possam percebê-lo com maior nitidez.


Sobre Sueli Bortolin: Mestre e Doutoranda em Ciência da Informação pela UNESP/ Marília. Professora do Departamento de Ciências da Informação do CECA/UEL

Pensamento do Dia

"Um dos momentos inesquecíveis da vida de qualquer criança é quando, pela primeira vez, ela junta uma letrinha, mais outra, e mais várias delas e começa a... ler! É uma conquista tão importante que será usufruída pelo resto de sua vida e abrirá, a cada dia, uma nova janela para o mundo."
Maurício de Sousa